Nas casas legislativas as relações entre parlamentares e siglas partidárias costumam ser bastante dinâmicas. Na teoria, a ideologia partidária deve interferir diretamente nos projetos apresentados e defendidos por cada legislador.
Em regra, vereadores só podem sair do partido pelo qual foram eleitos com a abertura da "janela partidária", que acontece seis meses antes do pleito eleitoral. Fora da regra geral a desfiliação, sem a perda do mandato, só é permitida em alguns casos particulares.
O vereador Markim Costa (sem partido) foi eleito em 2020 filiado ao Democratas (DEM). Após o partido fazer a fusão com o PSL e se tornar União Brasil, o parlamentar obteve a permissão para escolher permanecer ou mudar de agremiação.
Para selar sua aliança com Dr. Pessoa, Markim Costa aceitou o convite para migrar para o Republicanos, partido do prefeito. A surpresa aconteceu quando ele descobriu que assinou a ficha de filiação partidária, mas o processo não foi finalizado.
"No começo do ano eu recebi e aceitei o convite do prefeito. Eu preenchi a ficha de filiação, mas recentemente eu fui olhar e vi que não constava a minha filiação, então eu não sei se estou filiado", disse o vereador.
Apesar da circunstância, Markim Costa ainda pode formalizar sua situação partidária e permanecer alinhado ao Palácio da Cidade. Atualmente ele conta com indicações na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico.