ParnaÃba é o berço da indústria do PiauÃ. Quando ainda era a Vila de São João da Parnahyba, as charqueadas já indicavam nesse caminho, uma importância econômica que fez da cidade um polo irradiador de exportações e de um comércio até hoje fundamental na formação do Produto Interno Bruto municipal e estadual.
Por pelo menos um século, a maior parte da riqueza do Piauà foi escoada e se concentrou em ParnaÃba. O esplendor arquitetônico de prédios públicos e privados, o fausto do altarmor da Igreja de Nossa Senhora da Graça são uma evidência de um passado rico e que agora começa a ser retomado pela diversificação das atividades empresariais, que vão desde o turismo, à produção de energia eólica até o cultivo orgânico de frutas e plantas para extração de medicamentos no PerÃmetro Irrigado Tabuleiros Litorâneos.
A cidade conta com uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE) e vantagens competitivas de integração dos modais de transporte ferroviário, marÃtimo e rodoviário, além de um aeroporto a sete horas de capitais europeias como Paris e Lisboa. Isso torna ParnaÃba um lugar com potencial para a instalação de indústrias exportadoras e para o turismo receptivo.
A recente descoberta de gás natural na bacia do ParnaÃba, em solo maranhense, também amplia as vantagens para a instalação de plantas industriais na cidade, seja porque cria a perspectiva de usinas termelétricas produzindo energia limpa a pouca distância, seja porque as indústrias podem adquirir gás natural para funcionar.
Se em breve futuro há a possibilidade de converter-se em uma cidade industrial exportadora, ParnaÃba já é um pólo de atração e influência para pelo menos 28 municÃpios dos Estados do PiauÃ, Maranhão e Ceará, que certamente ajudam a manter bastante viva uma economia capaz de movimentar R$ 1,486 bilhão, conforme projeção da IPC Marketing Editora.
ParnaÃba exerce influência direta sobre nove cidades próximas a leste, no Estado do Maranhão, que têm uma população de 253 mil pessoas. No lado cearense, seis cidades na área de influência de ParnaÃba reúnem uma população de 250 mil pessoas. No PiauÃ, ParnaÃba é pólo e referência para 13 cidades, nas quais moram 160 mil pessoas.
Isso ajuda a entender por que atualmente o grosso da atividade econômica se sustenta no setor de comércio e serviços, com 72% do PIB municipal, o que se traduz em forte atividade comercial e em uma crescente rede de serviços puxados pela saúde e educação.
O dinamismo da economia de ParnaÃba, com mercado consumidor próprio de 147 mil pessoas e o entorno beirando 660 mil, também justifica por que a cidade está entre as 40, excluÃdas as capitais, que tiveram maior crescimento de consumo, conforme análise da consultoria americana MacKinsey, publicada na Revista Exame de 22 de agosto de 2012.
Esse número reflete a importância das atividades comerciais e de serviço, responsáveis por mais de dois terços do Produto Interno Bruto (PIB) municipal, mas reforçam a necessidade de a cidade manter o ritmo de retomada da industrialização. O setor responde por 15% da economia parnaibana. Nos próximos anos, certamente aumentará sua participação no conjunto das atividades produtivas da cidade e da região sobre a qual ela exerce crescente influência.
Raio X de ParnaÃba
Ãrea - 435 km²
População - 146.736 habitantes (IBGE-2011)
ECONOMIA (2010 - IBGE)
PIB - R$ 947.088.000,00
PIB per capita - R$ 6.498,97
Agropecuária - R$ 24.704.000,00
Indústria - R$ 144.624.000,00
Comércio e serviços - R$ 679.489.000,00
Tributos - R$ 98.272.000,00
Número de empresas atuantes (2010) - 2.763
Pessoal assalariado (2010) - 15.242 pessoas
Ãndice Firjan de Desenvolvimento Municipal: 0,6086
Cidades sob influência de ParnaÃba
PiauÃ: Bom PrincÃpio do PiauÃ, Buriti dos Lopes, Cajueiro da Praia, Caraúbas do PiauÃ, Caxingó, Cocal, Cocal dos Alves, Ilha Grande, LuÃs Correia, Murici dos Portelas, Piracuruca, São João da Fronteira, São José do Divino.
Maranhão: Ãgua Doce do Maranhão, Araioses, Magalhães de Almeida, Milagres do Maranhão, Paulino Neves, Santa Quitéria do Maranhão, Santana do Maranhão, São Bernardo e Tutoia.
Ceará: Barroquinha, Camocim, Chaval, Granja, Tianguá e Viçosa.
Edição: Erismar Calixto