A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) informou nesta quarta-feira (27) a ocorrências de duas mortes por leishmaniose visceral, o calazar, no Piauí desde o início do ano. As vítimas foram uma criança de cinco anos e um idoso de 70 anos, moradoras do bairro São Vicente de Paula, em Parnaíba, litoral do estado. A última morte foi registrada no sábado (23).
De acordo com o diretor da unidade de vigilância e atenção à saúde, Herlon Guimarães, a criança faleceu ainda no mês de abril, em Teresina. Ela chegou a ser transferida para o Hospital de Doenças Tropicais Natan Portela, mas não resistiu. O idoso estava internado na Santa Casa de Parnaíba e faleceu no município.
"A morte da criança ocorreu por demora no diagnóstico, então o atendimento e tratamento também demorou. No caso do idoso, pela idade, a imunidade já estava debilitada. Não estão ainda registradas no sistema, mas exames confirmaram a causa das mortes", informou.
Ainda segundo o diretor, o registro das duas mortes no mesmo bairro fez com que a Sesapi acionasse os agentes de endemia do município. "Não houve aumento expressivo na área, mas será realizado um mapeamento da região para que um trabalho de prevenção ocorra", declarou.
Leishmaniose
A leishmaniose é uma doença infecciosa e não contagiosa sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, perda de peso, anemia, inchaço abdominal, dentre outras manifestações. Quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos, de acordo com o Ministério da Saúde.
Apesar de grave, o calazar tem cura para os humanos. Ele é gratuito e baseia-se na utilização de três medicamentos. A transmissão acontece quando fêmeas de insetos infectados picam cães ou outros animais infectados e depois picam o homem transmitindo o protozoárioLeishmania chagasi.
Para os animais, a doença não tem cura comprovada, mas é possível realizar tratamento e controlar as manifestações da doença.
Fonte: SESAPIEdição: Erismar Calixto