Foi publicado nesta terça-feira (20), no Diário Oficial da União (DOU), a sanção do presidente Jair Bolsonaro à Lei nº 14.140, de 19 de abril de 2021, que institui o Dia Nacional do Sanfoneiro, a ser comemorado todos os anos no Brasil no dia 26 de maio, data de nascimento do músico Severino Dias de Oliveira, conhecido como Sivuca.
(Foto: Jailson Soares/Arquivo/ODIA)
A criação de uma data em homenagem aos sanfoneiros foi comemorada por diversos profissionais que têm o instrumento musical não apenas como ferramenta de profissão, mas também como elemento essencial na vida. É o caso do piauiense Sandro Dias de Sousa, mais conhecido popularmente como Sandrinho do Acordeon.
Coordenador da Associação Cultural Acordes do Campestres (Acamp) na cidade de Dom Inocêncio, na região Sul do estado, vê a medida como um reconhecimento à categoria. “É a consagração de um profissional que muito representa o povo brasileiro, pois temos sanfoneiros de Norte a Sul do país”, disse o músico.
Sandrinho do Acordeon (Foto: Divulgação)
Sandrinho do Acordeon conta que se apaixonou pela sanfona ainda criança, quando acompanhava os shows que o pai fazia. Desde então, passou a se dedicar a aprender mais sobre o instrumento, considerado um elemento da tradição em sua região. “Em Dom Inocêncio o sanfoneiro é visto como um patrimônio municipal”, conta.
Associação Cultural Acordes do Campestre
Criada em 2011, a Acamp é um projeto cultural criado pelo pai de Sandrinho do Acordeon, o empresário Salvador Nunes, que oferece aulas de diversos instrumentos. “Resgatamos e fortalecemos a cultura nordestina. Ensinamos as crianças a tocar sanfona, zabumba, triângulo e outros instrumentos. Nossa missão é fomentar o verdadeiro forró e formar cidadãos do bem através da música”, explica o sanfoneiro.
(Foto: Reprodução/Acamp)
Sivuca
Sivuca, representante escolhido para a data, nasceu em Itabaiana, no estado da Paraíba. Compositor, arranjador e instrumentista, o mestre da sanfona participou de mais de 200 discos dos mais diversos gêneros musicais, como bossa nova, forró choro, baião, maracatu, frevo, dentre outros, levando a cultura nordestina para o mundo.
Filha do mestre da sanfona, socióloga e autora da biografia ”Magnífico Sivuca: Maestro da Sanfona”, Flávia Barreto detalha a vida do artista. “Ele sempre foi música, em casa, fora de casa. Sivuca estava sempre tocando, ouvindo. Ele sempre foi música, desde criança", contou em entrevista para a Rádio Nacional de Brasília.
Fonte: Com informações da Agência Brasil