Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o piauiense Nunes Marques votou tarde desta terça-feira (9) para a defesa do ex-presidente Lula ter acesso a troca de mensagens entre procuradores e juízes da Operação Lava Jato revelada em vazamentos de rackers.
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O voto de Nunes Marques acompanhou posicionamento do relator do processo na Segunda Turma do STF, ministro Ricardo Lewandowski, que classificou o conteúdo das mensagens como “extremamente graves” e descartou que a invasão dos rackers tenha exposto conversas pessoais dos envolvidos.
Foto: Assis Fernandes / O Dia
O julgamento teve início na tarde de hoje e analisou um recurso de procuradores da Operação Lava Jato para que a defesa de Lula não tenha acesso às mensagens. O ex-presidente conseguiu maioria com os votos de Lewandowski, Nunes Marques e Cármem Lúcia.
Por outro lado, o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo divergiu do relator e votou contra a defesa de Lula. Até a atualização dessa matéria restava o voto do ministro Gilmar Mendes. Com a Turma possui cinco membros, o voto de Gilmar não altera mais o resultado.
As mensagens vazadas por rackers foram confirmadas em apreensões realizadas pela Operação Spoofing, realizada em julho de 2019. A defesa de Lula tentar usar o conteúdo dos vazamentos para anular as condenações impostas pelo ex-juiz Sérgio Moro nos casos do triplex do Guarujá e do sítio de Atibaia.