Compartilhar momentos da vida, conteúdos de mídia e busca de likes e visualizações nas redes sociais tem sido uma das principais práticas realizadas por jovens e adultos de 12 a 25 anos. A exposição na internet gera o contato com um mundo de pessoas desconhecidas e que opinam sem cessar, em boa parte com teor negativo e agressivo.
A popularização das redes sociais, que em 2020 teve uma penetração de conteúdos entre os usuários únicos de 97%, índice mais alto do mundo, segundo dados da Comscore, tem trazido novos desafios para brasileiros e profissionais da saúde.
Com a pandemia de Covid-19, as pessoas potencializaram o acesso às redes sociais e esse aumento excessivo não se limita somente ao gasto de um tempo que poderia ser dedicado a outras tarefas. Se não tratada, a adicção à internet resulta em prejuízos emocionais e significativos. Ioná Vaz, psicóloga e neuropsicóloga, informa algumas ações que podem ser tomadas fora da internet para o cuidado da saúde mental.
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“As pessoas devem procurar relaxar corpo e mente. Algumas ações que podem ser feitas é investir em estratégias que possibilitem o equilíbrio das funções mentais, buscar alternativas que contribuem para harmonizar o ambiente externo e interno. E o mais importante: não se cobrar tanto, seja a todo e qualquer tipo de situações, equilíbrio é essencial”, disse.
Segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2021, divulgado em julho pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o número de pessoas que tiraram suas próprias vidas no Brasil em 2020 foi de 12.895. Nos últimos seis anos, a taxa de suicídios aumentou 7% no país, a cada 100 mil habitantes, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.
A psicóloga Ioná Vaz ressalta a necessidade de se debater sobre o tema suicídio e não tratá-lo mais como um tabu. "O mais importante de se discutir o tema é de mostrar para a população que existe sim uma prevenção. Como está na mídia, Setembro Amarelo é uma campanha brasileira de prevenção ao suicídio e debater sobre é para conscientizar a sociedade, que ao falar a respeito do tema não deva ser tratado mais como um tabu e que podemos contribuir para a redução do suicídio”, explica a especialista.