Ao longo de todo o ano, os consumidores observaram os preços dos alimentos dispararem nos supermercados. E se já estava pesado para o bolso dos piauienses, a tendência é de que os produtos fiquem ainda mais caros com a chegada das festas de final de ano. Na Nova Ceasa, onde os valores de frutas e verduras costumam ser mais em conta, os permissionários já adiantaram: vai ter alta dos preços.
Maria de Fátima trabalha na Ceasa há mais de 20 anos e comercializa verduras. Ela comenta que o preço das mercadorias tende a subir principalmente na virada do ano. Dentre os principais fatores para o aumento está a grande procura pelos produtos, a redução na produção e o aumento do preço do combustível.
(Fotos: Isabela Lopes/ODIA)
“Se no final do ano os preços sempre sobem, agora que deverá subir mesmo, já que na pandemia tudo aumentou, começando pela gasolina. E a situação piora com a questão da chuva, que reduz a produção e os produtos ficam mais escassos. A alguns meses atrás, dava para comprar tomate de R$2, agora ele está custando R$5. A gente compra caro, mas não podemos subir porque se não as pessoas não compram, então a gente congela, mas fica no prejuízo”, diz.
O permissionário Silas Ferreira, que trabalha na Nova Ceasa há sete anos, destaca que a alta do combustível é um dos principais fatores para a alta do preço dos alimentos. Segundo ele, antes a batata podia ser comprada por R$3, mas com o aumento da gasolina, o produto é encontrado por R$4, mas a tendência é de que suba ainda mais devido às festas de natal e ano novo.
“Os preços estavam estáveis, mas com o aumento do combustível, fez subir o valor da mercadoria. Quando começa a chover, a produção diminui, a procura pelo produto aumenta e o preço acaba subindo. Junto a isso tem a gasolina, que deixa tudo mais caro, então a tendência é de que a batata chegue a R$6”, alerta o comerciante.
De acordo com ele, os produtos mais procurados no final do ano são: cenoura, batata, tomate, uva, maçã e repolho, todos itens utilizados no preparo de saladas. “Essa é a melhor época do ano para nós, quando as vendas aumentam bastante, já que todo mundo vem comprar os alimentos para fazer a ceia”, disse.
A expectativa do permissionário é de que as vendas deste ano fiquem, pelo menos, na média de 2020. Silas Ferreira lembra que, ano passado, as vendas foram boas devido ao auxílio emergencial. “Como todo mundo estava recebendo dinheiro, as vendas foram ótimas, mas este ano, até agora, estamos vendo que será fraco, porque muita gente está sem dinheiro. Talvez com a chegada do natal e do ano novo as coisas melhorem”.