O retorno das atividades presenciais na Universidade Federal do Piauí (UFPI) para 2022 está comprometido devido à perspectiva de corte no orçamento da instituição pelo segundo ano seguido. De acordo com a reitoria, o montante destinado no Orçamento da União para o próximo ano está abaixo do mínimo necessário para o funcionamento da UFPI.
Em comparação com os valores de 2020, a Universidade Federal sofreu nesse ano um corte de R$ 22 milhões em custeio e investimentos. Em 2021, foram R$ 85 milhões destinados para a instituição, enquanto para 2022 a previsão é de apenas R$ 70 milhões.
Foto: Divulgação / UFPI
O superintende de comunicação da UFPI, Fenelon Rocha, explicou que as contas foram fechadas esse ano devido a ajustes financeiros permitidos pela pandemia da Covid-19, com a permanência de 80% das atividades no formato remoto. Contudo, para o próximo ano, a preocupação está no retorno das aulas presenciais.
“Tivemos alguns apertos, ajustes. A coleta de lixo, por exemplo, estava num nível muito menor por conta do formato remoto. Mas isso volta ao contrário no ano que vem, porque vai ter mais gasto com energia, água, diárias, limpeza, insumos”, disse. “É preciso não só ficar aberta, mas ficar aberta em condições ideais”, acrescentou Fenelon.
Reitor Gildásio Guedes com o senador Elano Férrer (Foto: Divulgação / O Dia)
O orçamento ideal para o funcionamento da UFPI gira entorno de R$ 105 milhões de custeio e mais R$ 8 milhões de investimentos. Em recente agenda a Brasília, o reitor Gildásio Guedes se reuniu com parlamentares piauienses e representantes do Ministério da Educação na busca de incrementar os valores.
“O esforço dos reitores das universidades federais é no sentido de sensibilizar o Congresso Nacional na definição do orçamento do ano que vem para que haja um aporte a mais para as universidades”, afirmou o superintende Fenelon Rocha.