Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

De olho em 2023: saiba como definir e cumprir metas para o próximo ano

Para a psicóloga Ianny Luizy, uma meta sem planos é apenas um sonho.

30/12/2022 08:56

Muitas pessoas costumam definir metas e fazer promessas durante a virada de um ano para o outro. Algumas, por serem simples, até são fáceis de serem concretizadas; outras, mais complexas, demandam tempo e esforço e nem sempre são alcançadas, gerando frustrações. Mas, como definir essas metas e não se abater caso não sejam cumpridas? 

A psicóloga Ianny Luizy explica que o primeiro passo é entender que uma meta sem um plano é apenas um sonho. Por isso, é necessário pensar em objetivos e definir estratégias de como alcançá-los. Ao invés de fazer uma lista para o ano todo, o interessante é pensar em algo mensal, com metas que tenham data de começo e término. 

“São metas com uma data específica, uma por mês. Ao todo, serão criadas 12. Defina metas alcançáveis e estipule uma data para isso. As estratégias devem ser feitas com o que você tem de realidade. Se a pessoa quer organizar um projeto, comece pelos menores, porque ele irá te impulsionar para conseguir fazer algo maior”, orienta. 

A psicóloga enfatiza que deve-se pensar em metas e promessas palpáveis e que não dependam de outras pessoas para serem alcançadas. “Comece o ano com projetos que você sabe que não vai se frustrar. Não adianta colocar uma meta de emagrecer 10kg em um mês, por exemplo, porque isso é humanamente impossível, nem pensar em algo que dependa de terceiros, porque se essa pessoa não quiser fazer parte disso o risco de se frustrar é muito alto”, acrescenta Ianny Luizy. 


É interessante é pensar em algo mensal, diz Ianny - Foto: Arquivo Pessoal

Para realizar essas promessas, o primeiro passo é definir as estratégias de como chegar lá. Se é uma meta de trabalho, veja quais comportamentos precisam ser mudados e o prazo para concluir esse objetivo. As metas de médio e longo prazo também podem ser feitas durante a virada e, por terem em tempo maior para serem concluídas, podem ser realizadas aos poucos ao longo do ano. 

Mas, e se algumas dessas metas não forem concluídas? A psicóloga Ianny Luizy lembra que a pessoa não deve se culpar ou punir caso os objetivos não sejam alcançados. Ela reforça que o indivíduo deve ser generoso consigo e resiliente diante de determinadas frustrações. 

“Se a meta não acontecer, entenda que imprevistos acontecem, que existem as dificuldades e empecilhos ao longo do caminho. Nem tudo vai ser bom, nem toda meta será cumprida e nem sempre é por nossa causa, mas por causas externas. A vida tem ciclos, altos e baixos, e isso não é o fim de tudo. Você sempre vai tirar um aprendizado”, complementa. 


Arte: Divulgação

Como lidar com as expectativas de mudanças? 

 Uma coisa muito comum é as pessoas criarem expectativas com a virada do ano, como se o simples fato de mudar de um dia para outro fosse resolver todos os problemas que ela tem, o que sabemos que não é real. Em alguns casos, quando a solução das problemáticas não ocorre, as pessoas se desanimam e aí vem as frustrações. Então, como lidar com esses sentimentos? A psicóloga Ianny Luizy lembra que existem situações em que a mudança deve partir do indivíduo, como comportamento, pensamentos e crenças limitantes. Já outras atitudes são mais difíceis de serem mudadas, pois fazem parte da nossa essência e estão sendo construídas desde a nossa infância. 

“O processo de mudança é lento e exige entendimento do que é necessário para mudar. Tem muita gente que fica esperando um milagre ou um passe de mágica. Virar o ano não garante nada que a pessoa vá mudar. É preciso fazer coisas para que isso aconteça. Se eu quero resultados novos, preciso ter comportamentos novos”, pontua Ianny Luizy. 

A profissional enfatiza que essa mudança deve partir do indivíduo e que ele não pode projetar essa expectativa em outras pessoas. “Precisamos tirar essa responsabilidade da mudança e da busca da felicidade do outro. Isso tem que ser nosso, porque diz respeito à nossa vida. O outro não tem o poder de suprir as nossas expectativas, pois o poder sobre sua vida está nas suas mãos”, conclui a psicóloga.

Mais sobre: