Os venezuelanos indígenas de etnia Warao abrigados em Teresina, desde 2019 , estão iniciando um projeto de venda de artesanato com o apoio da Cáritas Arquidiocesana.
As venezuelanas estão produzindo roupas, bijuterias e redes à mão, para conseguir uma renda extra. Ao todo, são 23 mulheres que estão utilizando o conhecimento ancestral para sobrevivência.
(Foto: Pedro Cardoso)
"Isso é a representação da cultura deles. Eles sabem fazem outras coisas além do artesanato, e nós estamos buscando essa alternativa. As mulheres têm muito talento e trabalham com muita qualidade, tudo é feito à mão, não tem processo industrial", explica coordenadora do Cáritas Arquidiocesana, Lucineide Rodrigues.
O artesanato além de importante expressão cultural para as mulheres indígenas, é também um meio que a Cáritas encontrou, para tirar os venezuelanos da mandicancia .
(Foto: Pedro Cardoso)
"Nós queremos fortalecer a autonomia deles e não permitir a prática de mandicancia. Mas a questão principal para produção das peças são os materiais para confecção, por isso a Cáritas está buscando apresentar os trabalhos para financiadores e interessados em adquirir está arte", diz Lucineide Rodrigues.
Desta forma, as pessoas que tiverem interesse em contribuir com os venezuelanos, podem entrar em contato com a Caritas de Teresina ou peloInstagram do projeto.
Chegada dos venezuelanos
Atualmente, o número de venezuelanos no território piauiense chega a mais de 300 pessoas. Os indígenas fugiram de uma crise econômica, política e social na Venezuela e buscaram abrigo no Brasil e em outros países.
As famílias venezuelanas estão abrigadas em dois locais , nos bairros Buenos Aires e Poti Velho, ambos na zona Norte. E recebem assistência da Prefeitura Municipal de Teresina (PMT) e de Organizações não governamentais (ONG's)
Fonte: Com informações de Pedro Cardoso.