O estoque de oxigênio medicinal produzido no Piauí está abaixo dos 11%, é o que revela o painel da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), alimentado a partir de informações fornecidas pela única fabricante do produto no estado. Os dados correspondem ao período entre os dias 13 e 17 do mês de março.
(Foto: Divulgação/White Martins)
Segundo o órgão, dos mais de 271 mil metros cúbicos de oxigênio não envasado em cilindro fabricados neste período, apenas 29 mil metros cúbicos ainda estavam disponíveis. A maior parte deste insumo hospitalar, cerca de 75%, havia sido vendido e distribuído para o serviço público, 24% para o privado e 2,4% para distribuidoras.
(Imagem: Reprodução/Anvisa)
A previsão é que a ferramenta, disponibilizada pela Anvisa ontem (23) com dados de todos os estados brasileiros, seja atualizada uma vez por semana, todas as sextas-feiras. No entanto, a agência ressalta que algumas unidades da federação podem apresentar estoques zerados devido ao não fornecimento de informações ou pela inexistência de fabricantes do gás.
O instrumento permite o acompanhamento de um possível desabastecimento do mercado, admitido pelas autoridades em saúde pública no país, para condução de ações preventivas em médio e longo prazo. O estado do Amazonas, que passou recentemente por um colapso em seu sistema de saúde, conta hoje com o maior estoque de oxigênio medicinal do país, mais de um milhão de metros cúbicos.
Apesar deste cenário, a situação piauiense não é vista como preocupante pelo Ministério da Saúde, que encaminhou um documento à Procuradoria Geral da República (PGR) alertando para a situação, crítica ou de atenção, presenciada em diversas unidades da federação. Nossa equipe tentou ouvir a Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) acerca desta questão, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.
Fonte: Com informações da Anvisa