O Ministério Público do Piauí
(MP-PI), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado
(Gaeco), ofereceu nesta segunda-feira (21) denúncias de desvios de recursos
públicos chefiado pelo ex-prefeito do município de Passagem Franca, Raislan
Farias dos Santos, e pelo ex-prefeito de Agricolândia, Walter Ribeiro Alencar. Estima-se
que foram desviados, aproximadamente, R$ 6.261.265,90 dos cofres públicos.
Foto: Divulgação/MPI
As denúncias criminais contra os ex-gestores são oriundas da conclusão da Operação Ibi Clausus, que iniciou em outubro de 2020. Segundo o MP, a organização era constituída também por servidores municipais e pessoas que montaram empresas fantasmas, assinando contratos com o município de Passagem Franca.
Pela complexidade do esquema, a operação foi desdobradas em fases, a partir dos núcleos de atuação, o que resultou no oferecimento de três denúncias criminais perante o juízo de Passagem Franca.
O Ministério Público informou que a investigação concluiu que existia uma organização criminosa responsável pela criação de empresas fictícias criadas para vencer licitações fraudadas e desviar recursos públicos por meio de subcontratações, sem a execução do objeto contratado e com sobrepreços.
O processo de investigação apontou ainda que muitas das empresas eram integradas por familiares ou pessoas com relacionamento direto com os gestores, com a utilização de servidores para repasse dos recursos públicos desviados.
Preso por compra de votos
Em outubro de 2020, Walter Alencar, e sua esposa, Kelly Alencar, foram presos por suspeita de compra de votos durante operação realizada pela Gaeco. Na época, o promotor Mário Normando, informou que na residência do prefeito e da primeira dama foram encontradas anotações de eleitores e possíveis vantagens que essas pessoas receberiam em troca de votos. Além disso, foi apreendido R$ 87 mil em espécie e R$ 47 mil em cheque.
A reportagem do Portal O Dia não conseguiu contato com a defesa dos acusados.
Fonte: Com informações do MP-PI