O jornal “O Estado de S. Paulo”
publicou nessa quinta-feira (13) uma reportagem em que afirma que o governador
do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), se beneficiou do suposto “orçamento
secreto” criado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e repassou parte
do dinheiro ao Piauí, onde tem família. O esquema teria sido criado para
aumentar a base de apoio do governo no Congresso.
Foto: Arquivo/ODIA
Segundo a reportagem, Ibaneis pôde direcionar R$ 15 milhões da pasta para obras e compras de veículos e máquinas.
Aliado do presidente, o governador do DF indicou a verba para pavimentação, escoamento e aquisição de carros e, ainda, para despesas “administrativas” e de “fiscalização” da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), em Brasília. O governador do DF também admitiu o envio de dinheiro de valores para prefeituras de cidades do Piauí. Porém, o valor não foi especificado.
“Todos os recursos destinados ao Distrito Federal foram devidamente aplicados. Nos demais casos, como não havia projetos, o governador destinou as verbas a algumas prefeituras do Piauí”, disse, por meio de nota enviada por sua assessoria. Ele não esclareceu, porém, por que fez repasses ao Estado nordestino.
Relação com o Piauí
No primeiro ano de mandato, Ibaneis Rocha dedicou parte de sua agenda para participar do "Encontro Piauí-Portugal", criado para incentivar investimentos entre os dois locais.
Em 2020, veio à tona uma doação de milhares de máscaras e luvas, no auge da pandemia de Covid-19, para a prefeitura de Corrente - cidade onde o governador cresceu no Piauí.
Esse caso foi parar na Justiça do DF, que já bloqueou um total de R$ 106 mil das contas de Ibaneis e outras três pessoas, para garantir o ressarcimento aos cofres públicos, caso a doação seja considerada irregular.
O suposto "orçamento secreto" do governo federal foi revelado por reportagens do "O Estado de S. Paulo". Segundo o jornal, o presidente Jair Bolsonaro liberou a destinação de emendas para parlamentares aliados, com objetivo de ganhar apoio no Congresso Nacional, principalmente de membros do chamado "Centrão".
Fonte: Com informações do Estadão