Com o avanço da vacinação, o Piauí conseguiu atingir mais um patamar positivo no controle da pandemia de covid-19: o Estado está há seis semanas com a taxa de positividade dos testes RT-PCR abaixo de 5%, ou seja, dentro do percentual que, segundo a OMS, indica que a pandemia está sob controle.
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De acordo com os dados do COE (Comitê de Operações Emergenciais Estadual), a taxa de positividade para covid-19 por exames RT-PCR realizados pelo Lacen foi de 1,09% na 17º semana epidemiológica de 2022. Na semana anterior, essa taxa de positividade era de 2,59%, o que indica que além de estar no patamar de controle da pandemia, o número de diagnósticos de covid vem caindo no Piauí.
Vale lembrar que o Estado está há duas semanas sem registrar nenhum óbito decorrente desta doença, conforme apontam os boletins diários divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi). Pela última atualização, o Piauí possui 368.030 casos confirmados de covid-19 em todos os municípios de 7.735 óbitos.
Foto: Assis Fernandes/O Dia
Membro do COE, o professor Emídio Matos, doutor em Ciências Biológicas, explica que mesmo com a pandemia estando sob controle aparente, é preciso considerar outros indicadores como a capacidade de resposta do sistema de saúde a surtos localizados da covid e também a ampliação da cobertura vacinal com as doses de reforço.
“Tem que se considerar mais do que a taxa de positividade dos testes para uma melhor compreensão da situação epidemiológica. Aqui no Piauí ela está abaixo de 5% há seis semanas mas veja que paralelamente, 75,44% dos municípios atingiram uma cobertura vacinal superior a 60% com a dose de reforço. No entanto ainda há mais a ser analisado para afirmar que de fato a situação está controlada”, explicou Emídio.
Sobre a cobertura vacinal, a dose de reforço tem recebido uma atenção especial das autoridades de saúde. Dados da Sesapi apontam que o Piauí tem quase 600 mil “faltosos”, ou seja, pessoas que já deveriam ter retornado para receber a dose de reforço, mas ainda não o fizeram. Na capital, a Fundação Municipal de Saúde informou que cerca de 40% dos teresinenses não receberam ainda a dose de reforço.