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Acusado de atirar no filho do presidente do TJPI estava mapeado, diz Polícia Federal

O superintendente regional da Polícia Federal no Piauí, Antônio José Simões, participou do programa O Dia News, da O Dia Tv

29/03/2023 17:45

O nome de Jefferson da Silva Cruz, acusado de atirar no rosto do advogado André de Almeida Sousa, filho do presidente do Tribunal de Justiça do Piauí (TJPI), constava no mapeamento montado pela Força Tarefa da Secretaria de Segurança Pública do Piauí que atua contra as facções criminosas no litoral do estado. A confirmação é do superintendente regional da Polícia Federal no Piauí, Antônio José Simões

Em entrevista ao programa O Dia News, da O Dia Tv, o delegado explicou que no ano passado, durante a execução da Operação Desmonte III, os policiais encontraram em determinado local alvo de cumprimento de mandado de busca e apreensão os documentos de Jefferson da Silva. A partir daí, ele entrou no radar da Força Tarefa.

Foto: Jailson Soares / O Dia 

Após o disparo efetuado contra o advogado, em Parnaíba, a Polícia Civil identificou por imagens de câmeras de segurança a mulher que acompanhava o acusado pela tatuagem no rosto. Com base nessa informação, a Força Tarefa conseguiu relacionar Jefferson com o caso. 

“A Polícia Civil instaurou o devido processo e estava na investigação. Mas uma das imagens foi possível aos policiais que atuam na Força Tarefa identificar pela tatuagem que a companheira do Jefferson era a mulher que estava acompanhando. Por meio dessa identificação é que conseguimos nos arquivos da Força Tarefa identificá-lo”, disse Antônio José Simões

Jefferson da Silva Cruz (Foto: Divulgação / PC)

INTEGRAÇÃO

O superintendente revelou que a integração entre as polícias no Piauí está permitindo avanço no combate as facções criminosas. Os números alcançados pela Polícia Federal durante todo o ano de 2022 praticamente já foram superados no primeiro trimestre deste ano, segundo ele. 

"Conseguimos essa evolução devido a aproximação das polícias estaduais. Essa integração é o caminho. O crime tem evoluído e o poder público não pode ficar atrás. Com essa força integrada, estamos conseguindo fazer muito mais do que a Polícia Federal isoladamente fazia”, disse. 

A burocracia, por outro lado, é avaliada pelo superintende como um entrave para a atuação da investigação. “As organizações criminosas têm uma flexibilidade muito maior. Como elas agem ao largo da legalidade, é muito mais desburocrático do que a atuação policial, porque cumprimos todos os procedimentos e agimos dentro da legalidade. Necessitamos além da parte policial, do Ministério Público, do Judiciário. É uma engrenagem grande que requer tempo”, finalizou. 

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