O laudo cadavérico realizado no bebê venezuelano que morreu aos nove meses de vida em Teresina apontou que a criança sofreu agressões e intoxicação alimentar. A menina, identificada como Heilin Perez, veio a óbito na última sexta-feira (12), no Hospital do Buenos Aires, na zona Norte de Teresina.
Em nota, a Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi) informou que a mãe do bebê, identificada pelas iniciais H.D.V., de apenas 13 anos, e a avó, Maria Perez, 41 anos, deram seus depoimentos à polícia e retornaram ao abrigo para aguardar os trâmites judiciais.
Foto: Jailson Soares/O Dia
Segundo a Semcaspi, o bebê e a família moravam em Belém (PA) e chegaram ao abrigo Buenos Aires, no dia 3 de novembro deste ano. A criança já estava bastante debilitada e com alguns hematomas no corpo. De acordo com o órgão, a família foi orientada a buscar cuidados médicos para a criança, no entanto, buscaram inicialmente tratamento religioso. Ao ser encaminhado ao hospital, o bebê não resistiu aos sinais de maus-tratos e acabou falecendo.
"Ao tomar conhecimento do caso, o I Conselho Tutelar foi acionado pela Gerência de Direitos Humanos da Semcaspi. As acusadas prestaram depoimentos na Central de Flagrantes. A Semcaspi reforça que está prestando toda assistência necessária à família, inclusive, o suporte para o enterro da criança, que aconteceu ontem, (16), no Cemitério da Santa Cruz, no Bairro Promorar, zona Sul, além da disponibilização de psicólogos, e ressalta que ainda está colaborando com as informações necessárias para a investigação do caso", afirmou a secretaria.
O falecimento da criança está sendo investigado pela Polícia Civil do Piauí, por meio da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).