A Polícia Civil do Piauí prendeu 35 pessoas, sendo que destas, 5
foram em flagrante por porte ilegal de arma e receptação qualificada, suspeitas
de integrar duas organizações criminosas especializadas em adulterar chassis de veículos e roubar motos e carros durante a “Operação Apocalipse” deflagrada na manhã desta quarta-feira (04). Segundo a polícia, a
quadrilha vendia as motocicletas roubadas no valor até R$ 500. As investigações começaram
em julho de 2018.
Segundo o delegado geral da Polícia Civil do Piauí, Luccy Keiko, alguns dos alvos dos mandados já estavam recolhidos em unidades prisionais por outros crimes. O delegado explicou que o grupo era divido por funções segmentadas o que considerou como “círculo completo”.
delegado Luccy Keiko. Foto: Assis Fernandes.
“Nós tivemos êxito em quase toda a totalidade das prisões durante a operação. Essa organização criminosa, composta por mais de 30 pessoas, fazia um círculo completo. Tinha um grupo que encomendava esses veículos, outro grupo furtava e roubava, os que adulteravam os chassis e ainda tinha os que fabricavam os documentos falsos”, explicou.
O gerente da Polinter, Éverton Ferrer, informou que o principal alvo dos criminosos eram motocicletas, em especial dos modelos Bros e Fan 160, adquiridas em 2018 e 2019, ou seja, modelos novos e, que elas, eram vendidas por valores abaixo do mercado.
Éverton Ferrer. Foto: Assis Fernandes.
Segundo a polícia, as motocicletas eram vendidas por até R$ 500. Um empresário da cidade de Hugo Napoleão, identificado como Francisco da Costa Veloso, possuía uma loja de revenda de motocicletas e encomendava os veículos roubados para vender.
Durante a operação, nove pessoas da mesma família foram presas por envolvimento no esquema, um deles é conhecido como Diabão, indivíduo de alta periculosidade que já possui passagem pela polícia pelo mesmo crime. Também foi preso Frank Júnior que, segundo as investigações, era o responsável por adulterar os documentos dos veículos roubados.
A Operação Apocalipse contou com 100 policiais civis, bem como agentes da Delegacia de Entorpecentes, Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa. Também dão apoio as Delegacias de Esperantina, Água Branca, de Pedreiras, no Maranhão. A Secretaria de Justiça também integra a força tarefa.
Edição: Adriana MagalhãesPor: Jorge Machado e Nathália Amaral