O homem que gravou e compartilhou nas redes imagens de si mesmo soltando fogos de artifício dentro do recinto da onça pintada do Parque Zoobotânico, em Teresina, está na mira da polícia. Isso porque o ato de Willian Paulo é configurado como crime ambiental e passível de punição e multa. O comandante do Batalhão de Polícia Ambiental, coronel Carlos Teixeira, afirmou que a atitude do rapaz é um meio de “conseguir mídia”.
Willian gravou mais um vídeo, desta vez fazendo piada das críticas que recebeu e, embora tenha pedido desculpas, afirmou que liberará seu perfil no Instagram para “quem quiser xingá-lo”. Para o comandante do BPA, o rapaz está em busca de atenção e deveria ser ignorado pelas pessoas. “Tudo que esse rapaz busca é mídia. As providências estão sendo tomadas, mas preferimos não dar repercussão”, informou o coronel Teixeira.
A PM trabalha para localizar Willian Paulo. No vídeo em que aparece soltando fogos de artifício no recinto da onça Tupã e assustando o animal, ele não deixa claro se é daqui da capital, mas afirma que é “da pior capital do Nordeste” e que “no momento está em Teresina”. O Batalhão de Polícia Ambiental já havia informado que está acompanhando o caso após ter sido provocado por uma entidade de protetora dos animais.
Soltar fogos com estampido no Piauí é crime
A atitude de Willian Paulo de soltar fogos de artifício dentro de uma reserva animal, para além de crime ambiental também fere o que diz a lei nº 7.643 de 26 de novembro de 2021. O texto proíbe e torna crime soltar fogos de artifício com barulho (estampidos) no Piauí. A medida é destinada a todos os artefatos pirotécnicos que possuem efeitos sonoros ruidosos e visa resguarda a saúde e o sossego não dos animais que se incomodam com o barulho, mas também idosos, pessoas com Transtorno do Espectro Autista e demais populações de risco.
Quem for flagrado descumprindo a lei estará sujeito ao pagamento de multa no valor de R$ 1,5 mil para pessoas físicas e R$ 2 mil se o infrator for pessoa jurídica. O calor poderá ser dobrado em caso de reincidência no período inferior a 60 dias.