Uma denúncia de assédio sexual e
moral tem gerado revolta entre os policiais lotados no Batalhão da Polícia
Militar de Timon. O caso aconteceu na noite do dia 1º de maio, na sede do
Comando do 11º BPM, no bairro Parque Piauí, e tem como vítima uma cabo da PM,
que preferiu não ser identificada.
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Em contato com a reportagem do Portalodia.com, a cabo da PM afirmou que procurou a Delegacia da Mulher de Timon para registrar um boletim de ocorrência. A militar afirmou estar abalada emocionalmente por conta do ocorrido e que prefere não dar mais detalhes sobre a denúncia.
Foto: Divulgação/PM
Segundo informações do boletim de ocorrência registrado pela vítima, a cabo da PM foi convidada por um capitão da corporação a integrar a Força Tática da PM de Timon. No entanto, de acordo com a vítima, o militar teria utilizado o convite para praticar assédio sexual contra a mesma, a constrangendo com convites de conotação sexual no ambiente de trabalho. Após recusar as investidas do capitão, a policial foi removida do grupamento.
Após os fatos, a cabo procurou o comando do 11º BPM para denunciar o caso. Contudo, no dia 1º de maio, em uma reunião do batalhão, o então comandante teria tentado utilizar o crime de vazamento de imagens privadas sofrido pela vítima em outra ocasião para deslegitimar a denúncia diante de outros policiais do sexo masculino.
Em apoio à cabo da PM, policiais militares do 11º BPM tem realizado uma campanha pelas redes sociais em que pedem respeito às mulheres que integram a Polícia Militar, através da hashtag #respeiteapoliciailfeminina. A imagem tem sido compartilhada por policiais militares de Timon em homenagem à vítima.
O Portalodia.com entrou em contato com o 11º BPM de Timon que informou que as providências pelo Comando estão sendo adotadas. "Pelo motivo de uma das partes não querer exposição e divulgação de assuntos pessoais iremos respeitá-la e não iremos falar sobre o assunto", comunicou por meio de nota.
A reportagem tentou entrar em
contato com a delegada titular da Delegacia da Mulher de Timon, mas as ligações
não foram atendidas. O O Dia reitera que o espaço continua aberto para
quaisquer esclarecimentos sobre o ocorrido.