Em tempos de pandemia, um dos aspectos que mais preocupa diz respeito à segurança daquelas mulheres vítimas de violência doméstica que às vezes precisam ficar confinadas em quarentena com seus agressores. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Piauí, pelo menos 72 mulheres nesta situação estão sendo monitoradas e assistidas pela Patrulha Maria da Penha.
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O projeto tem como foco atuar de forma preventiva nos casos de violência contra a mulher, monitorando o cumprimento das medidas protetivas. Uma das frentes de atuação da Patrulha Maria da Penha consiste na realização de visitas às vítimas para assegurar a elas que estão sendo apoiadas.
Só de janeiro a junho deste ano, já foram realizadas 225 visitas a mulheres e aos acusados de agressão. Foram feitos também 465 contatos via telefone para orientações e encaminhamentos a quem procurou a Patrulha Maria da Penha.
Foto: Jailson Soares/O Dia
“O atendimento de uma equipe que entende a situação de violência doméstica e familiar e sabe como conduzir sem revitimizá-las, orientando-as, possibilita quebrar o ciclo de violência através de um diálogo encorajador. É feita a escuta ativa de cada situação tratada com suas peculiaridades e não como mais uma ocorrência de violência doméstica e familiar, como sendo todas iguais”, explica a capitã Leoneide Rocha, comandante da Patrulha Maria da Penha.
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Além das vítimas, a Patrulha Maria da Penha faz visitas regulares aos agressores. De acordo com a capitã Leoneide, eles têm atendido às orientações, cumprindo cautelosamente a Medida Protetiva de Urgência e têm a ciência de que se descumprirem as decisões judiciais, suas vítimas estarão sendo assistidas pela Patrulha. “Eles sabem que a mulher agora se encontra acolhida e protegida pelo nosso projeto, em segurança, não estando mais vulnerável às agressões”, pontua.
O telefone da Patrulha Maria da Penha é o 86 99414-8857. Em caso de agressão, denuncie.
Por: Maria Clara Estrêla