A briga entre facções criminosas pela busca do controle do tráfico de drogas tem levado a um aumento nos índices de violência em várias regiões de Teresina. Uma zona que tem chamado a atenção pela taxa de criminalidade é a Norte na região dos bairros Mocambinho, Água Mineral, Risoleta Neves e Buenos Aires.
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Nos últimos cinco meses (janeiro a maio de 2022), a Polícia Militar já registrou a ocorrência de 26 homicídios na zona Norte de Teresina. Destes, três foram feminicídios, dois foram latrocínio – roubo seguido de morte – e o restante está relacionado à ação de gangues rivais que entram em conflito pelo controle do tráfico na região.
A informação foi repassada pelo comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM), coronel Lacerda. Em entrevista na manhã de hoje (22) à reportagem de O Dia, ele explicou que a maioria das vítimas desses homicídios são jovens que ingressam no mundo do crime e passam a atuar no tráfico de drogas.
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“São crimes pontuais que nós não temos como prever e que estão ligados ao tráfico e às facções. Mas estamos fazendo um trabalho intensivo de identificar os locais de venda de drogas, os traficantes responsáveis e agindo para prendê-los juntamente com a Polícia Civil, que investiga esses crimes”, explicou o coronel Lacerda.
O tenente-coronel Lacerda é comandante do 9º BPM de Teresina - Foto: Assis Fernandes/O Dia
Ele pontua que um dos principais desafios para o 9º BPM, é a extensão da área que ele abrange com bairros populosos e intenso movimento de comércio e agentes financeiros, o que acaba atraindo a atenção de grupos criminosos. Além da ampliação do efetivo e da disponibilização de mais viaturas, a PM disse que tem trabalhado com videomonitoramento, especialmente na região do Parque Lagoas do Norte.
“Temos várias prisões feitas ao longo desses cinco meses, temos dado uma resposta a contento conforme o que está dentro da nossa capacidade e estamos ampliando nosso efetivo onde podemos. Na semana passada reabrimos um posto no Mocambinho com 34 policiais e mais três viaturas. Apreendemos 25 armas ao longo desses cinco meses e vamos continuar nesse trabalho ostensivo”, finaliza o comandante do 9º BPM.