Em reunião realizada nesta sexta-feira (10), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), motoristas, cobradores e representantes das empresas que operam o sistema de transporte coletivo de Teresina tentaram chegar a um acordo quanto às reivindicações dos trabalhadores em meio à crise que já dura mais de dois anos na capital. A reunião aconteceu após a categoria anunciar greve a partir da próxima segunda-feira (13). Além da defasagem salarial, os trabalhadores também denunciam atrasos nos pagamentos.
Por meio de nota à imprensa, o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) informou que ofertou um reajuste de 6% nos salários - valor acima da inflação -, 20% no auxílio alimentação e 33% no auxílio saúde. Contudo, os trabalhadores não aceitaram a proposta do sindicato patronal.
Foto: Assis Fernandes/O Dia
"Para surpresa de todos e indignação dos representantes do setut, os sindicalistas, representantes sindicato dos motoristas, não aceitaram a proposta e afirmaram, categoricamente, que iriam manter a greve, com indicativo de iniciar na segunda-feira, em desrespeito total à população teresinense", informou o Setut, em nota.
Sem negociação, a greve continua mantida para a próxima segunda-feira. Segundo o Sintetro, deve circular na capital apenas a porcentagem mínima de ônibus para atender os 30% exigidos por lei.
A reportagem do O Dia tentou entrar em contato com o Sintetro, mas não obteve resposta até o momento. O espaço continua aberto para quaisquer esclarecimentos.