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Professores da rede municipal de Teresina podem deflagrar greve a partir de Abril

De acordo com o Sindserm, a prefeitura tem um prazo de até 90 dias para negociar com a categoria

13/03/2023 16:19

Após assembleia geral realizada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (Sindserm) na Praça da Bandeira na manhã desta segunda (13), ficou decidido que os professores da rede municipal de ensino podem deflagrar greve caso não haja negociação com a Prefeitura da capital em um prazo de até 90 dias. 


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Professores da rede municipal de Teresina podem deflagrar greve a partir de Abril (Foto Ilustrativa: Tárcio Cruz/ODIA)

A categoria, que é contrária ao reajuste de 15% sancionado pelo prefeito Dr. Pessoa no último dia 10, cobra que o reajuste seja incorporado integralmente aos vencimentos dos profissionais. A entidade sindical ainda alega que os professores teriam direito a receber o retroativo ao piso que não teria sido pago de forma linear em 2022.

Durante a assembleia, o coordenador geral do Sindserm, Sinésio Soares, afirmou que a prefeitura está descumprindo a decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI). “O TCE já havia decidido que o piso deste ano também tem que ser colocado, assim como o passivo trabalhista deve ser reconhecido. O que fizeram até agora é descumprir essa decisão. Queremos que as classes A, B e C tenham os pisos deste ano garantidos, o que foi feito somente para a classe auxiliar. Se não houver negociação dentro de um prazo de 90 dias, infelizmente vamos ter que usar aquilo que não gostamos, mas que a lei nos permite: a greve”, disse em entrevista ao O DIA. 

Sinésio Soares, coordenador geral do Sindserm (Foto: Assis Fernandes/ODIA)

Outra pauta discutida pelos professores é a necessidade da linearidade para todas as classes, uma vez que, segundo os servidores, o reajuste não linear prejudica a categoria que tem formação em nível superior. “Fazemos formação e especialização no intuito de melhorar e a prefeitura vem e faz um reajuste que não é linear e não atinge a todos. Onde uma classe que é inferior está ganhando mais do que alguns companheiros de classe superior. Essa é uma intensificação, pois estamos com uma defasagem no salario”, comenta Cleide Leão, professora da Escola Municipal Didácio Silva, localizada na zona Sudeste de Teresina. 

Esta segunda-feira marca justamente o dia de retorno às aulas da rede municipal de ensino e, com isso, os professores também discutiram sobre os calendários escolares. “Tivemos alunos que ficaram de férias ou em casa por três ou dois meses e os pais necessitam deixar essa criança na escola para trabalhar e reclamam da demora da volta às aulas. Nos dois calendários, um começa em março e outro em abril. Os alunos estão fora da sala de aula e sabemos que eles necessitam estar na escola”, destaca a professora que não quis se identificar. 

Calendário escolar da rede municipal foi pauta discutida durante assembleia (Foto: Assis Fernandes/ODIA)

Sobre a possibilidade de greve, o coordenador do Sindserm destaca que espera o apoio da população teresinense. “Queremos que a população nos ajude para que isso não aconteça e que Teresina retorne a cumprir o que sempre cumpriu que é o piso da lei federal e municipal”, disse.

Na manhã desta segunda também houve manifestação dos motoristas e cobradores de ônibus no Centro da cidade, momento em que os servidores municipais reuniram-se ao ato em frente à Prefeitura para reivindicar junto aos trabalhadores do transporte público. 

A equipe de reportagem O DIA procurou a Secretaria Municipal de Educação (SEMEC) para obter um posicionamento da prefeitura diante do indicativo de greve dos professores e das revindicações salariais, no entanto, o órgão afirmou que não irá se posicionar sobre o assunto. 

Fonte: Edna Maciel/ O DIA TV
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